Por: Alex Camboim Maia.

 

Sabemos que Paulo Afonso é uma das cidades mas ricas do território Itaparica e do nordeste.

Quando penso nessa riqueza, não é apenas material mas sim humana e cultural.

Essa cidade possui uma grande diversidade de pessoas, lugares, culturas, culinárias e histórias.

Forquilha é em sua essência e gênese uma cidade criativa.

Temos cangaço, sítio arqueológico, o velho chico, modernismo, os movimentos estudantis, artes plásticas, audiovisual, teatro, literatura, cordel, repente, poesia, palhaços, grafite, desenhistas e entre outras coisas.

Com toda certeza a "Capital Criativa" dispõe de excelentes profissionais do setor cultural.

Coloco algumas questões para serem postas em debate.

1 - Por que não há e nunca houve de fato uma verdadeira valorização da cadeia produtiva em nossa cidade?

2 - Por quê os artistas daqui muitas vezes infelizmente não têm o devido reconhecimento merecido por todo seu trabalho, sua luta e sua história?

3 - Por quê muitos educadores não tratam a arte com a devida importância, haja visto a existência da pesquisa séria de Howard Gardner sobre as inteligências múltiplas, a economia criativa que pode incluir a própria tecnologia e movimenta um mercado milionário , a arte com uma das disciplinas presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada em 2016 no Brasil, a musicoterapia e a arte terapia para tratamento de algumas doenças, e ainda existindo em muitas universidades a especialização seja lato sensu ou stricto sensu em arte educação.

Esses são os meus questionamentos, pois sei que a cidade possui um grande arcabouço cultural, social, histórico e econômico.

Mas entendo que o governo no país nunca teve interesse realmente na cultura, extinguindo inclusive o ministério da cultura.

Por fim digo com toda certeza que o melhor ministro da cultura foi o senhor Gilberto Gil.

Sinceramente não falta apenas verba, falta humanidade e sensibilidade.