Lieder Distortion originou-se em um conservatório de música
clássica, ópera e teatro. Instalou-se um tédio diante da existência ordenada,
do caminho marcado e da vida acadêmica fingida. A arte tornou-se demasiado
académica. A lógica e a razão dominaram e eu ansiava apenas pelas emoções,
pelos sonhos, pelo espírito e pelo inexplicável. Onde estava o romance, o
sensualismo e o mistério? Todos os anos, algumas pessoas eram iniciadas no
segredo final do conservatório, a sociedade da ordem fundada pelo grande
maestro que foi morto pela sua liberdade de expressão, exploração espiritual e
pela sua música que levou as pessoas a um estado de espírito onde eram
impossíveis de controlar. Eles não ouviram as ameaças de retribuição neste
mundo porque tinham visto outra coisa. As rosas são lindas, mas as urtigas são
nutritivas. Junto com um grupo heterogêneo de músicos clássicos, metaleiros e
uma ex-estrela infantil, formei o Lieder Distortion. Todos carregamos uma
escuridão espiritual e um amor pela música clássica, então começamos a
interpretar esse repertório à nossa maneira, da maneira que gostaríamos de
ouvi-lo. Como escreveu o poeta romântico Erik Johan Stagnelius (1793-1823): “A
noite é a mãe do dia” e “o caos está ao lado de Deus”. É assim que queremos
interpretar o repertório de música clássica de Mozart, Vivaldi, Schubert e
outros. Música feita muito antes de sermos rastreadas online e as máquinas nos
dizerem o que deveríamos consumir. O espírito é livre e a música é gratuita.
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